segunda-feira, 28 de julho de 2008

4 respostas ao sofrimento do Justo





















QUATRO respostas para o sofrimento do justo



Introdução
Todos estão diante de um fato incontroverso, irrefutável, inexorável: o sofrimento. A ciência, as filosofias e as religiões não se propõem a responder satisfatoriamente esse fato. A questão piora quando falamos do sofrimento do servo do Senhor Jesus, daquele que é justo.
Em algum momento da vida, ou precisaremos de uma resposta ou necessitaremos dar uma resposta a outrem.
O livro de Jó oferece uma resposta inspirada pelo Espírito Santo. Contudo, temos 4 respostas no livro.
O livro relata a história de Jó enfatizando seu sofrimento.
Não se sabe quem escreveu-o, no entanto, acredita-se que Moisés é o autor. Seja o que for, a época dos acontecimentos condiz com o período dos patriarcas, especialmente Abraão, visto que não há qualquer referência no livro sobre a Lei de Moisés, templo, e o livro não possui qualquer relação com a história do povo eleito. Outrossim, o contexto do livro se coaduna com o período patriarcal, em que o homem era o sacerdote da casa, oferecendo sacrifícios, sem um lugar específico de culto.
Conforme dito acima, o livro enfatiza o sofrimento de Jó. Ou seja, embora não se possa datar o período exato do sofrimento de Jó, o contexto indica que tudo aconteceu num período curto de sua vida em comparação com a idade que faleceu, ou seja, 140 anos. Quando o sofrimento de Jó se iniciou ele já tinha filhos e era um ancião, pois estava na porta da cidade julgando. Talvez ele tivesse seus 60 anos. Jó viveu até 140 anos e viu até a quarta geração, ou seja viu seus tataranetos. Assim, sua tribulação deve ter cessado aos 65 a 70 anos, pois após a tribulação, Jó teve filhos novamente e viu seus tetranetos, falecendo com 140 anos.
Durante o sofrimento de Jó, três amigos apareceram para consolá-lo, oferecendo respostas para seu sofrimento. A seu turno, Jó tecia comentários acerca das palavras de seus amigos.
Três discursos bem elaborados, polidos, religiosos, embora muito acalorados e conflitantes.

A) RESPOSTA FALSA, HUMANA, ERRÔNEA
Os amigos de Jó consolaram-no respondendo que:
a) O sofrimento é resultado direto do pecado
4.8; 8.5-7; 11.14; 15.20; 20.29; 22.6, 21, 23
b) A comunhão com Deus afasta o sofrimento

c) O justo não sofre nesta vida

Conselhos inconvenientes, infundados, impertinentes, equivocados, errôneos, simplistas e descontextualizados. Sinceros, porém errados.

B) RESPOSTA CONFUSA, DUVIDOSA, SEM RESPOSTA
Jó rejeitou tal consolo respondendo de forma contrária:

a) o justo sofre ao passo que o ímpio prospera
21.7, 16, 15; 23.3-5
b) o temor de Deus às vezes não tem valor
7.20; 10.2; 13.18

C) RESPOSTA MISTURADA COM PONTOS VERDADEIROS, HUMANOS E BASTANTE ARROGÂNCIA, SEM MISERICÓRDIA E HUMILDADE
1) Eliú tentou inutilmente consolar Jó:

tratando da soberania de Deus sem misericórdia e amor
Não obstante os pontos verdadeiros em tal resposta, a arrogância, a falta de humildade, a falta de amor e misericórdia tornaram-na desprezível, vazia, sem efeito, totalmente inócua. não merecendo repreensão e tampouco elogio.
Assim sendo, a resposta de Eliú não foi elogiada e tampouco censurada, de forma que se tornou desprezível, despicienda.


D) RESPOSTA CERTA, CONFORTADORA
1) Deus proporciona o verdadeiro consolo não respondendo o porquê sofremos:
Ele simplesmente se declara soberano, criador, provedor e dominador do universo, do qual somos apenas parte, diante da grandiosa, perfeita e complexa criação.

2) Jó acata essa resposta reconhecendo os decretos infalíveis de Deus bem como seus equívocos e limitações
3) Jó compreende que todas as coisas cooperaram para o seu bem, aproximando-o intima e profundamente do Senhor, como não tinha experimentado.