quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Pós-graduação em teologia evangélica

Ensino à distância evangélico

Graças a Deus, nosso Pai, em nome do Senhor Jesus Cristo, temos um curso bíblico à distância de pós-graduação lato sensu ministrado pelo Mackenzie. O corpo docente é excelente. A teologia é salutar, ortodoxa, e, sobretudo, bíblica.

Quem quiser conhecer com mais afinco e exatidão as Escrituras Sagradas vale a pena estudar lá.

Um detalhe interessante: quem tiver um curso superior não-teológico, pode fazer esse curso de pós também. Pois há um curso de pós especificamente para quem não fez bacharel em teologia, como também há um curso de pós em Teologia Bíblica para quem já fez o bacharelado em Teologia.

Eis o link: http://www.mackenzie.br/teologia/ ou ainda http://www4.mackenzie.br/especializacao_on-line.html

Graça e paz

domingo, 13 de janeiro de 2008

Verdadeiro poder de Deus

Verdadeiro poder de Deus

“Sob a influência deste tremendo poder, há pessoas que literalmente caem prostradas ao chão sob a convicção de pecado, ou até mesmo desmaiam, e permanecem num estado de inconsciência, às vezes por considerável tempo [...] Às vezes, por exemplo, um extraordinário dom de oratória é dado a certas pessoas num avivamento. Pessoas que, se alguma vez expressaram-se verbalmente numa reunião de oração na igreja, fizeram-no de forma vacilante e muito hesitante, subitamente começam a orar com muita eloqüência, ecom uma riqueza de linguagem extraordinária, da qual nunca antes foram capazes [...] Não somente isso, mas muitas vezes também é dado um dom de profecia. Refiro-me literalmente a uma capacidade de predizer o futuro [...] Houve casos na Irlanda do Norte, por exemplo, de pessoas que não sabiam ler nem escrever, pessoas que nunca tinham sido capazes de ler a Bíblia. Mas subitamente, embora ainda não soubessem ler, receberam a capacidade de encontrar textos na Bíblia e explicar seu conteúdo.”

Estas citações foram extraídas do livro Avivamento, de D.M. Lloyd-Jones, editora PES (p. 139-141), cujo autor, livro e editoram são altamente recomendados.

Essas manifestações foram resultados da atuação livre e soberana do Espírito Santo, cujos instrumentos humanos estavam compromissados com a sã doutrina do evangelho de Jesus Cristo, primando pela santidade. Os pregadores desse período confiavam na graça de Deus e não em suas obras. Não buscavam os sinais e tampouco estimulavam ou despertavam o povo a buscá-los, mas eles aconteceram. Não pregavam a doutrina da prosperidade, da saúde perfeita, mas Deus prosperou a Igreja, e deu saúde à igreja. Não eram adeptos dos louvorzões, mas Deus dava cânticos novos ao povo que exaltavam e centralizavam Cristo Jesus.

Enfim, hoje a situação é assustadoramente o contrário. Pregam a busca pelos sinais e pelo fogo, mas há sinais e fogos estranhíssimos que não transformam os corações. Pregam prosperidade e saúde perfeita, mas a igreja continua pobre, miserável e enferma espiritualmente. A conta bancária de algumas igrejas estão sobejando, mas será que há saldo celestial? Há tantos cânticos e louvores que exaltam o homem, sua falsa liberdade, seu inócuo poder.

Precisamos do genuíno avivamento, do derramamento do Espírito Santo, enviado da parte de Deus, por nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Divindade de Jesus Cristo

A TRADUÇÃO DE Jo 1.1

Texto grego

Ἐν ἀρχῇ ἦν λόγος, καὶ λόγος ἦν πρὸς τὸν θεόν, καὶ θεὸς ἦν λόγος.

Transliteração
En archei en hó lógos, kai hó lógos en prós tón theón, kaí theos en hó logos

Possibilidades de tradução segundo as regras gramaticais gregas
No princípio era o verbo, e o verbo era com o Deus, e o verbo era Deus.

No princípio era o verbo, e o verbo era com o Deus, e o verbo era divino.

Explicação
A primeira possibilidade de tradução declara que o verbo era Deus, ou seja, o sujeito da frase, o verbo, recebe uma predicação, de forma que Deus tem função predicativa, denotanto a qualidade ou característica do verbo.

A ausência do artigo definido, que no caso seria hó (gr. ), é proposital. Pois se João colocasse o artigo, então a palavra seria o próprio Deus. Isso seria o mesmo que admitir que Deus é um e se manifesta em três pessoas. A propósito, essa foi uma heresia acerca de Deus, cujo nome era Modalismo ou Sabelianismo, datada do século três da era cristã.

Portanto, a presença do artigo não distinguiria o verbo de Deus, mas o confundiria com o próprio Deus. Por isso, João não colocou o artigo definido.

Essa tradução, conta com o testemunho dos mais proeminentes pais da Igreja Cristã dos primeiros séculos, logo após a morte dos apóstolos. Vejamos os pais da Igreja que mencionaram o texto de João de acordo com a primeira possibilidade: Clemente de Alexandria, Cipriano, Hipollitus, Irineu, Orígenes, Tertuliano. Tais citações podem ser conferidas no site www.laparola.net/greco. Segue em anexo a tradução em inglês das respectivas citações.

Destarte, não há razões gramaticais e históricas para rechaçar a primeira possibilidade de tradução. Se os pais da Igreja traduziram o texto segundo a primeira possibilidade, sim, eles que viveram bem próximos do período apostólico, isto é, no séc. II e III d.C, e eram familiarizados com o grego, pois liam, falavam e traduziam a língua, quem somos nós, oriundos de uma geração bem distante desses ilustres homens, para discordar da tradução deles? Caso houvesse razões plausíveis para se discordar faríamos sem hesito. Mas como não há, haja vista a clareza da regra gramatical grega, fiquemos com essa primeira possibilidade.

Ainda assim, a segunda possibilidade é bastante plausível e se coaduna com a primeira. Porquanto, a segunda tradução afirma que o verbo era divino. Possuindo características e natureza divina, mas sendo distinto do próprio Deus; assim manteria a personalidade distinta do próprio Deus, embora também fosse divino, ou fosse Deus.

Todavia, essa segunda possibilidade, conquanto esteja de acordo com as regras da gramática grega, não possuem testemunho dos proeminentes pais da Igreja. Assim, ainda é melhor permanecer com a primeira possibilidade de tradução, lançando mão somente da idéia transmitida pela segunda possibilidade, ou seja, o verbo tem natureza, personalidade e característica divina.

Sobre a tradução da Torre de Vigia
A tradução das testemunhas de Jeová traduzem a parte final do texto de Jo 1.1 assim: “e a palvra era um Deus.”

Primeiramente, vale lembrar que se desconhece na história da Igreja alguém que tenha traduzido dessa maneira o texto. Nenhum gramático grego, por mais liberal que seja, mesmo não sendo cristão, traduziria o texto dessa maneira. A torre de vigia fez uma interpretação do texto, e não tradução. Por isso não podemos chamar isso de tradução. Vejamos o por quê:

É verdade que na gramática grega não existe o artigo indefinido “um”. De forma que, a ausência do artigo definido, no caso hó, permitiria a inserção do pronome indefinido.

Assim, a ausência do artigo definido não implica inexoravelmente inclusão do artigo indefinido. Em certos casos, dado que haja várias possibilidades de tradução do grego, só será possível identificar o sentido do texto apenas pelo seu contexto. O contexto afastará certas formas de tradução espúrias e sem respaldo técnico.

Não se pode substituir automaticamente a ausência do artigo definido por um artigo indefinido. Isso viola as regras gramaticais. Se toda vez que a palavra Deus não fosse precedida pelo artigo definido, teríamos um panteão não identificável de deuses na Bíblia.

A propósito, a interpretação dada ao texto de Jo 1.1 pelas TJ’s cria um problema inexplicável e inimaginável na mente dos apóstolos: a existência de dois deuses. Um maior e um menor. Isso está mais parecido com politeísmo grego e paganismo. Por conseguinte, haveria sim um henoteísmo, isto é, a crença em um único Deus, admitindo a existência de outros. A Bíblia jamais afirmou a existência de um deus criando outro. Nas Escrituras do VT e do NT há um só Deus. Assim, tem-se de harmonizar esse princípio da unidade de Deus, com a divindade eterna de Cristo. Ao passo que a melhor maneira de harmonizar essa aparente contradição não é criando deuses menores, como fez as TJ’s. Então, entra em cena a conhecida doutrina da trindade que tenta explicar a tri-unidade de Deus, posto que seja impossível aos homens explicar o Deus infinito, entretanto, até hoje essa doutrina foi a que conseguiu se aproximar mais dos textos bíblicos.

Portanto, tal interpretação espúria do texto não merece nem ser cogitada como possibilidade de tradução. Aliás, gostaríamos de conhecer algumas autoridades em grego que defendesse tal possibilidade, e quais são os argumentos.
Se João quisesse realmente dizer que o verbo era mais um deus, poderia muito bem ter utilizado o numeral cardinal um , eivs, miva, en . Como foi feito em outros textos: 1Tm 2.5; Ef 4.4; Rm 3.30.

É oportuno citar que quando João discorreu acerca do verbo, ele estava usando um conceito de Filo de Alexandria, um filósofo judeu. Filo fez alusão ao verbo, a palavra, sem ao menos conhecer o Messias. Segundo Filo, Deus se relacionava com a humanidade por meio do verbo, que estava nele. Note que em nenhum momento Filo dissocia a natureza do verbo, como tendo uma qualidade divina derivada ou de segunda categoria.

Segundo mandamento

Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos. (20:4-6)
Mesmo que esse mandamento seja um desdobramento do primeiro, não é pertinente considerá-lo apenas parte do primeiro, dividindo, por conseguinte, o último em dois.
Parece ser mais coerente tratá-lo como segundo mandamento, porque o primeiro fala muito sobre comunhão exclusiva com o único e verdadeiro Senhor Deus, vedando a concepção de qualquer outra divindade, de forma que o povo não poderia ter em mente qualquer outra divindade. No entanto, o segundo versa sobre a adoração a esse Deus, ou seja, o povo não poderia representar qualquer outra divindade.
Assim, o primeiro mandamento veda a idealização de outra divindade, ao passo que o segundo proíbe a representação dessa divindade. Ambos proíbem a idolatria, mas esse mandamento veda a representação de qualquer divindade, o envolvimento ritual, litúrgico ou cultual com qualquer pseudo divindade.
Primeiro, Deus proíbe a criação de qualquer forma de representação, símbolo, ícone ou figura que possa representar alguma divindade. Ademais, esse mandamento é mais abrangente que o primeiro, pois se proíbe a criação de representação, símbolo, ícone ou figura do próprio Deus.
Segundo, o Senhor não permite o culto e adoração a essas invenções humanas.
Nossa adoração e culto advêm da vontade de Deus, ou seja, o Deus que tirou o povo da terra do Egito é que estabelecerá a maneira pela qual o povo servi-lo-á.
Toda forma de adoração ao Senhor receberia a regulamentação do Senhor, de forma que o povo estava proibido de fazer qualquer inovação. E, de fato, isso foi feito, pois Deus projetou o modelo do tabernáculo nos mínimos detalhes, relativamente à medida do tabernáculo, os utensílios, materiais, etc. Moisés deveria ter muito cuidado para fazer segundo o modelo apresentado por Deus (Ex 26.30).
Deus procura adoradores que o adorem em espírito e em verdade (Jo 4.23,24). Como ele não apareceu em nenhuma forma (Dt 4.12,13), o povo não poderia fazer algo que o representasse.
Devemos ter cuidado com as inovações que são criadas em nossos cultos. O Senhor deve receber toda a glória (soli Deo gloria), porque ele não a divide com ninguém (Is 42.8). Portanto, tomemos muito cuidado com alguns estilos de culto e adoração que não encontram nenhum respaldo bíblico.
Por que Deus proibiu a criação de algum objeto de culto? Naturalmente, esse objeto em vez de auxiliar o povo na adoração desviaria a atenção do povo, e concorreria com a glória do Deus vivo.
Assim sendo, em nossos cultos Cristo Jesus deve receber toda a primazia.
A fim de reforçar a absoluta proibição, o Senhor fala sobre o seu caráter. O povo haveria de lembrar que o Senhor é zeloso, e esse zelo inclui tanto o castigo quanto a misericórdia.
Zelo significa no original hebraico ciúmes, paixão. Essa palavra é muito utilizada no relacionamento conjugal, ou seja, o zelo do marido para com a esposa. Não se trata de ciúmes doentio e pecaminoso, mas do zelo que faz o homem se dedicar exclusivamente a sua mulher, não tolerando qualquer relacionamento extraconjugal.
Dessa forma, Deus se revela ao povo como rei, senhor e marido, de modo que qualquer traição ou rebeldia seria justamente punida, ao passo que a misericórdia se manifestaria aos fiéis, leais e obedientes à aliança.
Portanto, a violação desse mandamento acarretaria o castigo do Senhor, pois se equivaleria a adultério espiritual. Aliás, os profetas denunciaram a idolatria como adultério (Ez 16). A obediência a esse mandamento atrairia a misericórdia do Senhor.

Maldição hereditária: os adeptos da maldição hereditária usam esse texto para defender que há uma maldição que passa do pai ao filho até a terceira e quarta geração.
No entanto, o texto não quer dizer isso, apenas está ressaltando que Deus castiga os ímpios, e as gerações posteriores, filhos, netos, bisnetos..., que continuarem nesse pecado.
Mas, quanto aos que amam a Deus, a misericórdia se estende ampla e copiosamente. Ou seja, a misericórdia de Deus é muito maior e eficaz.
Assim, quem quiser experimentar a misericórdia do Senhor em sua vida e família deve amar o Senhor, fugindo da idolatria (1Jo 5.21).