terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Últimas palavras inspiradas antes da morte

“Quanto a mim , estou sendo já oferecido por libação , e o tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate , completei a carreira , guardei a fé . Já agora a coroa da justiça me está guardada , a qual o Senhor , reto juiz , me dará naquele Dia; e não somente a mim , mas também a todos quantos amam a sua vinda.” (2Tm 4.2-8)


As palavras acima são de despedida; registrada pelo apóstolo Paulo em sua última carta bíblica. Aliás, algumas bíblias trazem o seguinte titulo: “O apóstolo prevê o seu martírio”.

Paulo tinha convicção de que chegava sua hora: a morte; não somente a hora da morte, mas, principalmente, a hora da recompensa. Sua convicção baseava se em sua fé genuína, sua vida cristã, sua perseverança.

Paulo combateu o bom combate, completou a carreira e guardou a fé.

Os verbos usados pelo Apóstolo expressam uma ação contínua no passado com efeitos no presente. Esse tempo verbal no grego chama-se perfeito e não há um correspondente direto na língua portuguesa, de modo que o tradutor deve em alguns casos lançar mão de tempos compostos, com o uso do verbo ter mais o particípio (tenho combatido, tenho completado, tenho guardado).

Esses verbos usados por Paulo não indicam uma ação isolada, ou de ultima hora, como se no finalzinho de sua vida ele tivesse combatido o bom combate, completado a carreira e guardado a fé. Pelo contrário, revelam que ele tinha e estava mantendo essa conduta no decorrer de sua vida cristã, durante sua caminhada com Cristo Jesus.

Conforme mencionado, os verbos gregos foram conjugados por Paulo no tempo perfeito, que traz este sentido: ação no passado com efeitos no presente. O uso desse tempo foi proposital, justamente para expressar sua conduta desde a conversão de Paulo no caminho de Damasco até os últimos dias de sua vida.

Seu combate não foi único, mas envolveu uma série de lutas. Nessas lutas, ele não agredia, mas fugia dos inimigos, escondido num cesto, suportava as dores físicas decorrentes de apedrejamentos, açoites, prisões. Não bastasse esses combates físicos, ele ainda era afligido pelo próprio Satanás. Ainda assim, combatia em oração.

Sua corrida não consistiu numa única caminhada ou maratona, mas numa longa jornada pelo mundo afora, pregando o evangelho do Senhor Jesus Cristo. Como outros personagens bíblicos do Antigo Testamento, tais como Enoque, Noé, Abraão, Davi, Elias, o Apóstolo Paulo andou continuamente com Deus, sem desviar para a direita, nem para a esquerda, mas seguindo para o alvo: Jesus Cristo.

Seu cuidado com a fé não foi circunstancial ou ocasional, adstrito aos momentos de tribulação, doença, tristeza. Pelo contrário, o Apóstolo mantinha sua fé no Senhor Jesus Cristo tanto nos momentos de fartura como nos de escassez, tanto na alegria, como nas angústias. Enfim, tinha fé incondicional no Senhor.

Esse constante combate, essa perseverante caminhada, e essa contínua fé, renderam a Paulo a convicção e certeza de que a morte não teria poder algum sobre sua vida, de modo que ele tinha plena certeza de que habitaria com o Senhor. E mais, o próprio Senhor estava mostrando a Paulo que sua partida estava próxima, e que havia para ele uma grande recompensa.

Você gostaria de ter esta mesma certeza e convicção: quando morrer estará com o Senhor, será recompensado?

Siga o exemplo de Paulo. Essa promessa não é privilégio do Apóstolo. Ele mesmo declarou que aqueles que amam a vinda do Senhor também receberão a mesma recompensa.

Não adianta ter combatido alguns bons combates no passado e agora não ter forças para lutar; a caminhada com Cristo deve ser completada, não basta ter percorrido longas jornadas, e agora estar inerte; não basta ter crido por alguns momentos, e agora não ter mais fé no Senhor e em sua Palavra, a fé deve ser bem guardada como fiel depositário.

A atitude de Paulo trouxe-lhe plena convicção de que estaria com o Senhor. Todo aquele que também anseia pela vinda do Senhor e tem essa vida cristã perseverante e fiel poderá desfrutar dessa segurança. Nos últimos dias de vida que antecederem a morte, poderemos ter a certeza de que viveremos eternamente com Cristo.

Portanto o combate iniciado quando da conversão deve ser mantido. A caminhada no Espírito Santo deve ser completada, e fé em cristo deve ser guardada, durante toda a vida, para que jamais percamos essa preciosa convicção.

2 comentários:

Martha disse...

Muito bom saber que você voltou a escrever em seu blog!
Que sejamos lembrados todos os dias que o nosso dia da morte se aproxima, para não deixar para amanhã a manifestação de nossos princípios, da nossa convicção e fé em Jesus Cristo. Que a nossa Vida seja a manifestação do caminho da Verdade que Ele nos deixou.
Abraços
Martha

Anônimo disse...

Ta, muito bom mesmo. Que possamos não só guardar essa palavra, mas aprender a vivê-la todos os dias.
Bjoss, Taís