quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Crítica Textual

Análise Crítica Textual dos primeiros capítulos de Juízes

Consideração sobre a LXX
A LXX tende a discordar mais do TM que outras versões. Antes de descartar incontinenti a fidedignidade da LXX em relação ao TM, creio que é possível que a LXX tenha se baseado num texto cuja tradição não foi preservada pelo TM, mas que poderia fazer parte do original.
Infelizmente, à míngua de outros testemunhos, e para não basear o trabalho crítico em meras inferências, trabalharei com o princípio in dubio pro TM. Porquanto será mais objetivo, salvo raríssimas exceções devidamente fundamentadas.
Assim sendo, à medida que o testemunho da LXX for isolado, preponderará o TM.

Jz. 1.1a
O editor da BHS aponta a existência de um problema crítico no tocante ao nome do falecido. O TM afirma que o falecido é Josué, ao passo que a nota de rodapé da BHS sugere que seja Moisés, visto que em 2.6 Josué ainda estava vivo. Logo, depreende-se, então que Josué não tinha morrido, mas outra pessoa, e esta deve ser Moisés.
No entanto, tal inferência não tem qualquer apoio crítico, visto que nenhum manuscrito ou versão do texto hebraico traz o nome de Moisés como a pessoa falecida.
Destarte, o “problema crítico” não passa de mera inferência do editor, pelo que não há qualquer evidência objetiva em sentido contrário.
O editor evocou um aparente problema interno. À míngua de qualquer prova em contrário, é pertinente harmonizar o texto. E isso pode ser feito inelutavelmente. Basta admitir que não há uma sequência cronológica no capítulo um e dois, mas apenas um propósito, a saber, de demonstrar que as conquistas, mesmo na época de Josué, não foram efetivadas consoante a ordem do Senhor, qual seja, de exterminar todos os habitantes de Canaã, sem fazer qualquer aliança com eles.

Jz 1.10a
Mais uma vez o problema decorre não dos testemunhos externos, mas do testemunho interno, sendo evocado pela BHS somente, haja vista a menção em Js 15.13 de que Calebe expulsou os três filhos de Anaque, Sesai, Aimã e Talmai, ao passo que em Jz 1.10 refere-se a Judá.
Mais uma vez, a harmonização do texto é pertinente, em detrimento da evocação da contradição entre os textos.
Basta admitir inelutavelmente que Calebe recebeu o apoio da tribo de Judá, de forma que está correto mencionar tanto um como outro. A propósito, em Jz 1.20 está escrito que Calebe expulsou os três filhos de Anaque.

Jz 1.10b
Somente a LXX traz um acréscimo após a palavra Hebron: καὶ ἐξη̂λθεν (aor, ativo, inf.) Χεβρων ἐξ ἐναντίας
Essa versão afirma: “e vinha Hebron do lado oposto”, cujo sentido transmite a idéia de que Hebron ofereceu alguma resistência à tribo de Judá.
No entanto, o acréscimo da LXX não deve preponderar sobre o TM, visto que é um testemunho isolado sem um único apoio.
Ademais, um dos cânones clássicos da crítica textual afirma ser preferível o texto mais curto em vez do mais longo, visto que, via de regra, o copista tem a tendência de fazer acréscimos. Esse cânone deve ser aplicado ao caso vertente.
Porventura o tradutor quis florear o texto ou elucidá-lo, acrescentando que houve alguma resistência por parte dos habitantes de Hebron.

Jz 1.10c
A LXX altera o nome anterior de Hebron, que era Quiriate-Arba (קִרְיַת אַרְבַּע ), para Kariatharboksefer (Καριαθαρβοξεφερ ), pelo que transliterou de forma unificada as palavras Quiriate e Arba acrescentando a palavra Sefer.
Sobre a unificação das palavras para formar um único nome, a Vulgata também traduz assim. Todavia, o acréscimo da LXX pôde ter decorrido de uma confusão com o outro nome de Debir, que é Quiriate-Sefer (קִרְיַת־סֵפֶר ).
Destarte, o copista poderia ter visualizado a palavra Quiria-Arba e também Quiriate-Sefer, e cometido uma confusão entre ambas, o que resultou em Quiriate-Arba-Sefer.

Jz 1.10d
Por fim, o editor da BHS sugere que o verbo ferir (נכה ) está no singular em vez do plural, de modo a concordar com o verbo partir que está no singular. Não obstante o aparente erro de concordância, não há qualquer evidência textual que apóie a sugestão do editor. Esse equívoco não passa de um mero erro acidental.

Jz 1.11a
A leitura original da LXX e sem revisão acrescenta o verbo subir logo após o verbo partir. O acréscimo pode ser explicado com base no texto paralelo de Js 15.15 que menciona tal acréscimo.
No entanto, trata-se de uma evidência isolada sem apoio nas próprias revisões da LXX. Talvez o tradutor fizesse o acréscimo com base em Js 15.15, aproveitando a tradução do mesmo texto.
Jz 1.11b
A LXX traduz o nome Quiriate-Sefer por “Cidade dos Livros” (Πόλις γραμμάτων ). A Vulgata translitera e em seguida traduz o nome da cidade.
A seu turno, o códice vaticano minúsculo da LXX segue a Vulgata, transliterando o nome da cidade e em seguida traduzindo.
Nesses casos trata-se de uma opção do tradutor no sentido de elucidar o texto original, representado aqui pelo TM.
A versão árabe troca o substantivo pelo particípio, seguindo o texto paralelo de Js 15.15. Talvez, o tradutor tivesse substituído o vocábulo com base em Js 15.15, aproveitando a tradução do mesmo texto.


Jz 1.12a
Após o nome da famigerada cidade Quiriate-Sefer, a LXX traduz o nome da cidade. A Vulgata evita essa redundância.
Em ambos os casos trata-se de uma opção do tradutor no sentido de elucidar o texto original, representado aqui pelo TM.

Jz 1.13a
A expressão “mais novo que ele” não aparece no texto paralelo de Js 15.17. Entretanto, isso não afeta a veracidade do texto de Jz 1.13.

Jz 1.14a
A LXX afirma que ele insistiu com ela, ao invés de ela insistiu com ele. De modo que a mudança está apenas no prefixo i em vez do que consta no TM (h ) e, consequentemente, alteração no sufixo feminino em vez de masculino.
Em Js 15.18 há semelhante problema crítico.
A divergência pôde ter originado numa cópia danificada usada pelo tradutor da LXX, de modo que resultou nesse equívoco. Nem todas versões da Vulgata seguem a LXX.
Uma vez que não há consenso na Vulgata, e nenhuma outra evidência é plausível optar pelo TM. Ademais, o verbo anterior “vir” é um infinitivo feminino, de sorte que transmite a idéia de que ela foi até ele e perguntou a ele.

Jz 1.14b
Conforme o TM, a palavra campo é precedida de artigo definido. No entanto, a leitura original da LXX e sem revisão omite o artigo, possivelmente com base no texto de Js 15.18. Talvez o tradutor omitiu com base no texto paralelo, aproveitando a tradução do mesmo.

Jz 1.14c
Por derradeiro, após o verbo descer, a LXX acrescenta a seguinte expressão: “e murmurava e gritava”, cujo sentido denota que a esposa de Otniel desceu do jumento fazendo um escândalo perante o pai a fim de impressioná-lo. Com efeito, o acréscimo faz sentido, porque logo após descer do jumento, Calebe pergunta-lhe o que deseja. A pergunta per se não faria sentido a menos que Calebe ouvisse alguma reclamação de sua filha.
No entanto, o acréscimo da LXX não deve preponderar sobre o TM, visto que é um testemunho isolado sem um único apoio.
Ademais, um dos cânones clássicos da crítica textual afirma ser preferível o texto mais curto em vez do texto mais longo, visto que, via de regra, o copista tem a tendência de fazer acréscimos. Esse cânone deve ser aplicado ao caso vertente.
Porventura o tradutor quis florear o texto ou elucidá-lo, de modo que o acréscimo apenas auxiliou a compreensão da pergunta de Calebe a sua filha.

Jz 1.15a
A versão grega de Áquila traduz a palavra fontes no singular. Em Js 15.19 há um problema crítico, pelo que a LXX, a Peshita e fragmentos de códices hebraicos da Guenizá também usam o singular.
Não obstante a plausível evidência crítica contra o TM em Js 15.19, em Jz 1.15, a versão grega de Áquila é um testemunho isolado, de sorte não deve prevalecer sobre os demais. Talvez o tradutor traduzisse no singular com base no texto paralelo, aproveitando a tradução do mesmo., ou então cometesse um equívoco na leitura do texto original.
A LXX fez uma confusão, pelo que substituiu a palavra fontes por preço ou resgate. Tal substituição deriva de um equívoco na visualização da palavra ou de cópia deteriorada, visto que a palavra preço é semelhante ao estado construto feminino da palavra fonte ou região.

Jz 1.15b
A LXX acrescenta após o nome próprio Calebe, a expressão “conforme o coração dela”. O próprio editor da BHS sugere que se trata possivelmente de uma inserção, sendo o caso de uma haplografia, que significa erro de cópia que é resultado de uma omissão acidental de letras ou de palavras.
A palavra Calebe é bem próxima da expressão, basta acrescentar o sufixo feminino e alterar ligeiramente as vogais que se obtém o acréscimo da LXX.
Dessa forma, a haplografia poderia estar no TM. Convém remeter às considerações iniciais acerca da LXX, cuja conclusão é in dubio pro TM.

Jz 1.15c
Por fim o editor remete o trecho “fontes superiores e fontes de inferiores” ao problema crítico que há no texto paralelo Js 15.19.
Todavia, no texto em comento não há o aludido problema.

Jz 1.16a
O editor sugere que a palavra queneus deve ser lida como em 4.11. É verdade que a falta do artigo poderia implicar indefinição do substantivo. Com efeito, deve ser lida dessa maneira, embora não se possa considerar uma falha grosseira no texto original, mas um mero erro acidental.

Jz 1.16b
A leitura original da LXX e sem revisão subtrai a expressão “Judá” que qualifica a palavra “deserto”, talvez porque estivesse apagada da cópia do texto hebraico. Ou ainda porque o tradutor entendeu que era uma redundância. Entretanto, revisões posteriores sanaram essa omissão.

Jz 1.16c
Segundo o editor, a expressão “que está ao sul de Arade”, a qual explica a localização do deserto de Judá, é uma glossa ou nota explicativa. E estava apagada do texto original.
Não há apoio crítico à sugestão do editor.

Jz 1.16d
Antes da palavra Arade a leitura original da LXX e sem revisão acrescenta a expressão ἐπὶ καταβάσεως que significa “em direção à descida de Arade”. As demais revisões da LXX corrigiram o acréscimo que teve origem provavelmente pela confusão com a expressão “em o deserto” cuja grafia hebraica é semelhante ao acréscimo.

Jz 1.16e
A leitura do final desse versículo é truncada, porquanto não é identificado o povo que habitou junto com os filhos de Judá e os filhos do queneu naquela região, de forma que o editor sugere que o texto está corrompido. Assim sugere a seguinte leitura: “Os amalequitas foram e habitaram com o povo.
O texto grego original da LXX substitui os verbos “foi” e “habitou” pelo verbo “habitou”. Talvez o tradutor entendesse que o verbo ir era uma redundância. A vulgata também evita esse hebraísmo “ir e habitar”, traduzindo somente a palavra habitar.
Todavia, o TM deve prevalecer.
Por fim, antes dos verbos citados o texto grego da LXX da tradição das Catenae junto com a Vetus Latina adicionam a palavra Amaleque, denotando que Amaleque habitou naquela região.
Uma vez que outras traduções, inclusive dentro da própria LXX, não trazem esse acréscimo, é mister ficar com o TM.
Esse acréscimo pode ser uma explicação do tradutor, uma vez que havia amalequitas naquela região e provavelmente eles também habitaram com os filhos de Judá e os filhos do queneu.

Jz 1.17a
O texto grego da LXX da tradição das Catenae e o texto grego do Códice Vaticano juntamente com o 2 manuscritos hebraicos medievais redigiram o verbo “feriram” no singular. Não obstante o erro de concordância, poderia ser que essa tradição estivesse em consonância com o original, até porque o TM comete esse equívoco. Ou então poderia dizer que o TM estaria errado, conforme sugeriu o editor em Jz 1.10.
Seja o que for, perfilho o TM, uma vez que dentro da própria LXX há divergência.
Mais um problema de concordância surge no verbo “chamou”, porquanto pelo contexto a idéia é que Judá e Simeão nomearam o local, no entanto, o verbo encontra-se no singular no TM, ao passo que no texto original da LXX está no plural.
Ainda assim, a despeito do erro, faço a opção pelo TM.

Jz 1.18a
A LXX afirma que Judá não herdou Gaza, Asquelon e Ecron e seus respectivos territórios. No entanto, o versículo seguinte ressalva que a expulsão não foi total.
A Vulgata segue o TM. Logo, o TM deve prevalecer.
Talvez o tradutor da LXX quisesse elucidar que Judá não herdou definitiva e completamente aqueles territórios embora tivesse tomado aquelas cidades.
Mesmo o TM deixa implícito que a ocupação não foi completa.

Jz 1.18b
Fragmentos de códices hebraicos da Guenizá não incluem a conjunção “e” na partícula acusativa que acompanha a palavra Asquelon. Isso pode ter ocorrido por um erro acidental do copista ou problema no próprio manuscrito.

Jz 1.19a
Alguns relevantes testemunhos acrescentam o verbo hL¥K¡I (qal, 3cp) antes do verbo לְהוֹרִישׁ (infinitivo do hifil) , de forma que a tradução seria “não conseguiram desapossar” em vez de simplesmente não expulsou.
Eis os testemunhos: manuscrito hebraico medieval, leitura marginal de manuscrito hebraico original, LXX, Vulgata e Targum.
Perfilho o acréscimo em detrimento do TM, visto que o texto paralelo de Js 15.63 contém a inserção. E, por certo, a inserção faz sentido, visto que o infinitivo carece do verbo acrescentado por questão de sintática e para elucidar a leitura tornando-a escorreita.
Assim sendo, a tradição do TM perpetuou uma omissão acidental cometida pelo copista.
À medida que a LXX, Vulgata e outros testemunhos hebraicos divergirem do TM, o caso deve ser ponderado com mais cuidado, de modo que o TM poderá não prevalecer, com ocorreu no caso vertente.

Jz 1.20a
O editor da BHS entende que várias palavras foram excluídas desse versículo, haja vista a inserção de outras palavras pela LXX e outras versões e o texto de Js 11.21 que afirma que Josué havia destruído totalmente os enaquins.
Não há nenhum problema em harmonizar o texto de forma que a destruição dos enaquins perpetrada por Josué tenha ocorrido com o auxílio de Calebe, ou houvesse a sobrevivência inexpressiva e oculta dos três filhos de Enaque, exterminados, posteriormente, por Calebe.
A Vulgata concorda totalmente com o TM e a LXX parcialmente, de forma que o TM deve prevalecer.

Jz 1.20b, c
A LXX adiciona antes da expressão “filhos de Enaque” a palavra “cidades”, de forma a culminar na expressão “três cidades dos filhos de Enaque”.
No entanto, tal acréscimo é isolado, e foi inserido pelo tradutor com vistas a florear o texto ou até mesmo decorreu de um equívoco visual, pelo que o tradutor visualizou a palavra “cidades” em outros versículos da mesma página e inseriu-o.
Além desse acréscimo, o códice alexandrino da LXX e o texto grego segundo a recensão de Orígenes bem como a Vetus Latina acrescentam antes da palavra “cidades” a expressão καὶ ἐξη̂ρεν ἐκει̂θεν τὰς τρει̂ς que pode ser traduzida assim “e tomou dali as três cidades”.
A Códice Veronense e o texto grego da LXX segundo a recensão de Luciano, a versão Saídica, a versão Síria e a versão árabe acrescentam após a palavra Enaque, a expressão “e tomou dali os três filhos de Enaque”.
Visto que a Vetus Latina é geralmente dependente da LXX, seu valor crítico dever ser ponderado com cautela.
Não obstante o testemunho de outras versões, perfilho o TM porquanto até entre a LXX há divergências, ao passo que a Vulgata segue o TM.
Talvez os tradutores tivessem cometido equívocos visuais.

Jz 1.21a
Segundo os massoretas orientais o particípio ativo do verbo habitar deve ser lido no plural em vez do singular, de forma que seria traduzido assim: os jebuseus que habitam em Jerusalém, em vez de “os jubuseus que habita em Jerusalém.
Com o Qerê oriental concordam vários manuscritos hebraicos. O texto paralelo de Js 15.63 também corrobora o qerê oriental.
A Vulgata e a LXX corroboram o TM.
Se se entender que houve um erro gramatical do copista, o qerê oriental deve preponderar. Se se entender que o autor inspirado deixou acidentalmente a marca de sua natureza humana e falha sem que tal erro maculasse a inspiração e inerrância da Palavra, visto que a inerrância não implica gramática escorreita, como também matemática, astronomia, ciência, mas que os autores não estiveram livres dos conceitos e equívocos acidentais e toleráveis no seu tempo, o TM há de prevalecer.
Não tenho dificuldade de aceitar um texto inspirado e inerrante que contenha eventualmente equívocos gramaticais e dados e registros sem precisão cronológica, científica, astronômica.
Assim sendo, perfilho o TM.

Jz 1.21b
Em vez dos filhos de Benjamim, o editor sugere os filhos de Judá, a fim de harmonizar o texto com Js 15.63.
À míngua de qualquer evidência textual, prefiro harmonizar o texto de outra maneira, a saber, admitindo que Judá também participou daquela empreitada, de forma que a menção a um quanto ao outro é correta.

Jz 1.22a
Vários manuscritos hebraicos bem como a LXX alteram a expressão casa de José por filhos de José.
Não obstante a possibilidade, haja vista que os versículos anteriores registram a expressão “filhos”, o TM deve prevalecer, visto que o testemunho em sentido contrário não tão expressivo. De forma que a LXX e os manuscritos hebraicos cometeram equívoco visual ou mental, até porque a grafia das palavras são semelhantes e em versículos anteriores a expressão que aparece é filhos.

Jz 1.26a
Poucos manuscritos hebraicos medievais incluem antes da palavra terra a preposição L£@, seguida do maquef, outros manuscritos a preposição ¥L .
A despeito da ausência da preposição no TM, a leitura está subentendida no próprio texto.
Destarte, os testemunhos contrários ao TM são insuficientes para serem verídicos, conquanto a LXX e a Vulgata coloquem uma preposição.
É possível que o copista dos manuscritos divergentes tenham uma mente mais helenizada, tendo a necessidade de escrever a preposição.

Jz 1.26b
A LXX acrescenta após o verbo edificou o advérbio ali. Trata-se de uma adição isolada e sem apoio de outros testemunhos, de forma que não deve preponderar sobre o TM.
Talvez, algum manuscrito hebraico tivesse acrescido o advérbio correspondente.

Jz 1.26c
Poucos manuscritos hebraicos medievais e fragmentos de códices hebraicos da Guenizá acrescentam a partícula acusativa ,
Faço remissão ao comentário de Jz 1.26a.

Jz 1.26d
A LXX altera o nome da cidade Luz para Louza. A Vulgata traduz para Luzam.
Conquanto a transliteração não se coadune com o texto hebraico, não há razões para se crer que o TM esteja errado. Porventura naquele tempo a transliteração do nome daquela cidade seguia aquela forma.

Jz 1.27a
Muitos manuscritos hebraicos medievais e quase todas as versões acompanham o querê, ou seja, o particípio ativo do verbo habitar deve ser lido no plural em vez do singular.
Não obstante o comentário retro de Jz 1.21a, creio que a variante deve ser preferida em relação ao TM. Porque nesse caso, as evidências textuais pendem para a variante, uma vez que há relevantes versões e muitos manuscritos hebraicos que corroboram a variante.
Assim sendo, nesse texto o erro visual é dos copistas do TM. Não é possível que o autor sagrado tenha cometido o mesmo erro duas vezes. Aí é demais...

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